[:pb]A equipe do Idesam chegou no dia 29, terça-feira, em Durban, África do Sul, e já teve como sua primeira atividade a participação no evento da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) sobre Agricultura Inteligente para o Clima (Climate Smart Agriculture). O evento durou o dia todo, com palestras e mesas redondas sobre como abordar a questão da agricultura frente às mudanças climáticas. O objetivo foi discutir qual o tipo ideal de agricultura, que aumente a produtividade e geração de renda para o agricultor, aumente a resiliência (ou capacidade de se regenerar) e reduza as emissões de carbono.
O Idesam fez sua contribuição no painel da noite apresentando as Sinergias entre REDD+, restauração florestal e manejo da pecuária para uma agricultura inteligente. Mariana Pavan, coordenadora do Programa Mudanças Climáticas do Idesam, iniciou falando da realidade socioeconômica do Brasil e dos vetores do desmatamento, e como o governo brasileiro está tratando as políticas de REDD+, e que enquanto a floresta não for valorizada não haverá pressão para que a pecuária extensiva seja substituída por uma pecuária permanente e de maior rendimento.
Gabriel Carrero, coordenador do Projeto Semeando Sustentabilidade em Apuí – município localizado ao sul do Estado do Amazonas –, apresentou a iniciativa que o Idesam desenvolve naquele município, onde o mecanismo de REDD+ poderia ser um ponto de partida e fonte de recursos para o pagamento por serviços ambientais, a intensificação da pecuária e a restauração florestal que, por sua vez traria também uma diversificação na produção agroflorestal e maior segurança alimentar para os proprietários rurais de Apuí. Em resumo, o evento somente lançou traços gerais do que seria uma Agricultura Inteligente para o Clima e necessita de maiores detalhes e estudos para que a ideia se torne uma realidade.[:]
