Porto Velho quer frear as mudanças climáticas

Época Amazônia

O município de Porto Velho (RO) saiu à frente na corrida contra as mudanças climáticas. A prefeitura junto ao Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam) está construindo uma Política Municipal de Mudanças Climáticas, Serviços Ambientais e Biodiversidade. O resultado será o primeiro projeto de lei municipal da Amazônia com o objetivo de conter os desmatamentos, diminuir as emissões de gases que agravam com o efeito estufa e investir na recuperação das florestas derrubadas.

Uma política pública que almeje a redução do desmatamento e crie medidas de soluções para isso é benéfica ao desenvolvimento do estado, pois poderá atrair empresas que queiram investir e levar para lá novos negócios. Hoje, Rondônia, como os demais estados da Amazônia, sofre com o atraso em índices de desenvolvimento humano.

Na segunda-feira dia 27, acontecerá a primeira reunião para discutir a proposta do plano. Estarão presentes as secretarias municipais de Meio Ambiente, de Planejamento e Agricultura e a de Abastecimento, o Conselho Municipal de Meio Ambiente, o Idesam e representantes da iniciativa privada. A previsão é que a Política Municipal seja publicada no começo de junho.

A política municipal de Porto Velho incluirá três temas principais: energia, desmatamento e áreas degradadas devido ao uso da terra para atividades agropecuárias. Também são esses os pontos mais sensíveis no município quando se fala na questão ambiental.

Porto Velho conta, por exemplo, com algumas termelétricas movidas a diesel, que emitem gases poluentes. E presenciou nos últimos anos grandes mudanças com a chegada das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira. Por isso, segundo Pedro Soares, coordenador de programa de mudanças climáticas do Idesam, os representantes do setor privado ligados às hidrelétricas e outras fontes de energia foram envolvidos na elaboração da proposta. “As hidrelétricas são empreendimentos grandes demais e quando trabalhamos com uma política de clima devemos considera-las. São importantes para a redução de emissões, mas trazem alguns impactos ambientais e sociais. Nosso objetivo agora é criar uma estratégia de longo prazo que evite impactos no futuro”, diz.

As hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio impulsionam desmatamentos, mas não são a única razão para as derrubadas. A região sofre também com a grilagem de terras públicas para a criação de gado. Em dezembro do ano passado, a capital de Rondônia esteve no segundo lugar no ranking dos municípios desmatadores. Mais de 20 mil hectares foram derrubados, segundo monitoramento do INPE.

Leia o texto completo em: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/amazonia/noticia/2015/04/porto-velho-quer-frear-mudancas-climaticas.html

0 Comments

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *