Café Apuí Agroflorestal chega a comunidades extrativistas do Rio Unini

[:pb]Por Samuel Simões Neto

O Café Apuí Agroflorestal – produzido no município de Apuí por pequenos cafeicultores que estão adotando práticas orgânicas de produção – ganhou um parceiro importante no Amazonas. A partir de janeiro deste ano, o produto passou a fazer parte das cestas de alimentos distribuídas e comercializadas pela COOMARU – Cooperativa Mista Agroextrativista do Rio Unini aos seus cooperados na Resex (Reserva Extrativista) do Unini.

De acordo com Marcelo Amaral, engenheiro florestal e coordenador do programa ‘Conservação Para Gente’ da FVA (Fundação Vitória Amazônica), a proposta de inclusão do café na cesta surgiu para valorizar a produção orgânica e de pequena escala do Amazonas.

“A Coomaru já vinha estimulando, entre os seus integrantes, o consumo dos produtos orgânicos cultivados nas roças do rio Unini. Com a aquisição do Café Apuí, a cooperativa dá um passo à frente”, explica Amaral.

No entanto, o engenheiro destaca que o exemplo acima ainda é uma exceção. Ele defende que as organizações socioambientais, associações e cooperativas do estado fortaleçam esse tipo de parceria, a fim de estimular escolhas responsáveis também no âmbito institucional.

“Todas as organizações têm orçamento dedicado para o consumo de alimentos. O ideal é que esses valores sejam cada vez mais investidos em iniciativas voltadas para a produção orgânica e para os produtos do roçado e do extrativismo, dos rios e das florestas”, recomenda.

Café Apuí

Lançado em maio de 2015, o Café Apuí Agroflorestal é resultado de uma ação do Idesam no município homônimo, localizado no extremo sul do Amazonas. O projeto foi iniciado em 2012, com apoio financeiro do Fundo Vale, que se estendeu até final de 2016 e gerou importantes resultados para a cadeia de café do município.

Hoje, o projeto continua atendendo os produtores locais e está trabalhando na organização social dos mesmos, a fim de alcançar a certificação orgânica da produção.

Em quase três anos desde o seu lançamento, o produto já alcançou mercados em Manaus, Porto Velho, Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo. O café atende a um público cada vez mais preocupado com a origem e a forma de produção dos itens que consome.

“Além dos benefícios ambientais e do sabor diferenciado, a forma de produção livre de agrotóxicos posiciona o café como uma ótima escolha em quem pensa também na saúde”, explica Carlos Koury, diretor técnico do Idesam.[:en]Samuel Simões Neto
Translated by Felipe Sá

Apuí Agroforestry Coffee – produced in the municipality of Apuí by small coffee growers that are adopting organic production practices – signed an important partnership in the Brazilian state of Amazonas. Starting this January, the product became part of the food baskets distributed and commercialized by COOMARU (Mixed Agroextractivist Cooperative of Unini River) to its members in the RESEX (Extractivist Reserve) of Unini.

According to Marcelo Amaral, forestry engineer and coordinator of FVA’s “Conservation for the People” program (‘Conservação Para Gente’), the proposal to include the coffee in the basket arose to enhance the organic and small-scale production in Amazonas.

“COOMARU was already encouraging, among its members, the consumption of organic products grown in the fields of the Unini River. With the acquisition of Apuí Coffee, the cooperative takes a step forward”, Amaral explains.

However, the engineer highlights that this is still an exception. He argues that socio-environmental organizations, associations and cooperatives in Amazonas should strengthen this type of partnership, in order to stimulate responsible choices also in the institutional scope.

“All organizations have a dedicated budget for food consumption. Ideally, these values should increasingly be invested in initiatives oriented to organic production and products extracted from rivers and forests”, he recommends.

Apuí Coffee

Launched in May 2015, the Apuí Agroforestry Coffee (Café Apuí Agroflorestal) is the result of an initiative led by IDESAM (Institute of Conservation and Sustainable Development of the Amazon) in the municipality of Apuí, located in the extreme south of the Amazonas state. The project began in 2012, with financial support from the Vale Fund (Fundo Vale), which extended until the end of 2016 and generated important results (portuguese only) to the municipality’s coffee value chain.

Nowadays, the project continues to support local producers and focuses on their social organization, in order to achieve organic certification for the production.

In almost three years since its launch, the product has already reached markets in Manaus, Porto Velho, Rio de Janeiro, Brasília and São Paulo. The coffee caters to an audience increasingly concerned with source traceability and production ethics.

“In addition to the environmental benefits and the distinguished flavor, the way it is produced – agrochemicals-free – places the coffee as a great choice for those who also think about their health”, Carlos Koury explains, technical director of Idesam.[:]

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