Povo paiter suruí recebe investimento para criação da primeira agência de turismo indígena do Brasil

Data: 21/02/2024
Veículo: Folha de S. Paulo
Texto: Gabriel Justo
Foto:  Divulgação

No ano em que o turismo mundial pretende superar os níveis pré-pandêmicos, o Brasil ganhará a sua primeira agência de turismo criada e mantida por povos originários na Amazônia.

O projeto, que sairá do papel ao longo deste ano, pretende ampliar a estrutura, aumentar e capacitar a equipe e implementar uma experiência virtual de visitação ao Yabnaby, o espaço turístico mantido pelo povo paiter suruí na Terra Indígena Sete de Setembro, próximo a Cacoal, a 480 km de Porto Velho, em Rondônia.

Inaugurado no ano passado como parte de um plano de gestão de 50 anos do território suruí, o Yabnab tem uma recepção e duas “bangalocas” (misto de bangalô e oca) que podem receber até 5 pessoas cada, simultaneamente.

O pacote de hospedagem inclui alimentação tradicional local, banho de rio, dança, contação de histórias, passeios de barco, trilhas na floresta e vivência com as atividades produtivas já estabelecidas na região, como a plantação de café, de cacau e a extração de óleos e outros produtos que são vendidos às indústrias de cosméticos.

Celebridades como o apresentador Luciano Huck e o cantor Xamã já se hospedaram por lá mas, durante boa parte do ano, o espaço fica ocioso —principalmente por causa da distância dos centros urbanos, dos preços do transporte aéreo até lá e das dificuldades em promover o local como um destino turístico. Mas, recentemente, o espaço recebeu um investimento de R$ 522 mil que promete transformar essa realidade, levando cada vez mais turistas ao coração da floresta.

O aporte veio do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), política pública federal que repassa para startups recursos que as indústrias da Zona Franca de Manaus são obrigadas a investir como contrapartida dos incentivos fiscais. Com ele, os paiter suruí pretendem ampliar as bangalocas, capacitar 30 jovens indígenas em hotelaria, empreendedorismo e gestão e criar ferramentas e estratégias digitais para promover o Yabnaby.

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